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Exposição - Meio Oxóssi, meio Oxum.

Ao descobrir o corpo que se espalha no espaço e a paisagem que o habita, o artista visual Henry Goulart, nascido em Urussanga (SC) redescobre também, a sua latente religiosidade de matriz africana. Criado em um ambiente familiar marcado pelo sincretismo religioso, aproximou-se da temática religiosa afro-brasileira por meio de sua mãe Fátima, dona de uma alma sensível, médium por natureza.  O artista tem na lembrança as memórias dos terreiros e lugares de culto que freqüentava junto com ela. A ligação com a ancestralidade africana sempre foi, portanto, algo bastante presente em sua vida. Os Orixás, os guias espirituais que habitam as matas, rios, cachoeiras e mares sempre foram tratados de maneira natural e íntima por Henry que tem características de um filho de Oxóssi com Oxum, ao mesmo tempo habita as águas dos rios e cachoeiras e as matas que os margeiam. A sua poética que outrora se iniciou com contornos mais nítidos, cartesianos, caminha agora de mãos dadas com um mundo metafísico, sem deixar de ser telúrico, pois se manifesta justamente na combinação do seu corpo junto aos elementos da natureza, sendo a tentativa do artista de fundir, revelar a sua ligação num mesmo plano de forças distintas que coexistem.

Curadoria - Angela Peyerl

Museu Histórico de Itajaí - 2017

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